Não faço poesia
o que lê-se aqui
são as amarguras
do meu amago
(entaladas
trancadas
trancafiadas)
em minha garganta
implorando:
por favor, permita-me sair.
“não, não e não”
já afirmei:
“não faço poesia”
apenas metaforizo as lágrimas
vestindo-as de palavras.
Elas fingem rimar
combinar
significar
porém apenas são
meus medos
postos em questão.
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